25 de Agosto de 2025 postado por Renato Campos
Com o training camp prestes a começar e o elenco do Lakers praticamente definido, a grande questão gira em torno de quem ocupará a última vaga no quinteto inicial. LeBron James, Luka Doncic, Austin Reaves e Deandre Ayton são presenças garantidas. Resta decidir se Rui Hachimura ou Marcus Smart será o quinto titular.
O caso de Rui Hachimura
Hachimura viveu uma das melhores temporadas de sua carreira em 2024-25. Ele começou 57 dos 59 jogos que disputou, com médias de 13,1 pontos, 5 rebotes e 1,4 assistências, além de um aproveitamento de 41% nas bolas de três. Seu desempenho contra o Minnesota Timberwolves nos playoffs também chamou a atenção, sendo um dos poucos a se destacar na série.
No entanto, suas limitações defensivas pesam. Ele tem dificuldades contra pivôs mais fortes e não consegue acompanhar guards mais rápidos. Outro ponto frágil é sua inconsistência nos rebotes, algo problemático em um sistema de JJ Redick que geralmente joga com apenas um big em quadra.
O caso de Marcus Smart
A chegada de Smart após seu buyout trouxe ao Lakers um elemento que o time não tinha: um defensor de elite no perímetro. Ex-jogador do Boston Celtics, ele foi eleito Defensive Player of the Year em 2022 e acumula três seleções para o First Team All-Defense. Sua habilidade em pressionar os armadores adversários e dar energia na defesa é inegável.
O problema está em sua durabilidade. Nos últimos dois anos, Smart teve diversas lesões, incluindo problemas nos dedos que o limitaram a apenas 34 jogos em 2024-25, entre Grizzlies e Wizards. A última vez que disputou mais de 60 partidas foi em 2022-23. Assim, sua presença como titular dependerá diretamente da saúde.
Dois perfis diferentes
A decisão de Redick passa por uma escolha estratégica: apostar no tamanho e na versatilidade ofensiva de Hachimura, aceitando suas falhas defensivas, ou priorizar a intensidade defensiva de Smart, mesmo que ele não contribua tanto no ataque. Ambos oferecem pontos fortes que podem ser complementares, mas a balança inicial pode pender para quem estiver mais saudável e consistente na pré-temporada.
Flexibilidade é a chave
O histórico recente mostra que o Lakers não tem medo de ajustar sua formação titular durante a temporada. No ano passado, Redick chegou a anunciar o quinteto inicial com antecedência, mas rapidamente mudou de ideia quando ficou claro que D’Angelo Russell não era a melhor opção. Com a chegada de Doncic, o time encontrou outro rumo.
Assim, ainda que Hachimura ou Smart comecem a temporada como titulares, nada garante que a formação permanecerá intacta. A tendência é de ajustes constantes conforme o time ganha ritmo e os dados de desempenho em quadra começam a se acumular.